Primeiro verdadeiro desafio pra mim já aconteceu em fevereiro! É que tô tão sem tempo, que quase que não termino esse livro. Também porque não sou muito chegada a biografias. Mas na verdade, percebi que depende da pessoa. Quase quebrei a cabeça para colocar as duas opções pra ler este mês, e percebi o quanto fui feliz em optar por "Olga" de Fernando Morais.
O livro, conforme o autor, tenta retratar de maneira mais fiel o possível, a vida desta militante, guerrilheira e mãe, de quem muitos nem ouviram falar. Confesso que eu não conhecia a causa/luta de Olga. Mesmo com o filme, ocasião em que se falou mais dela aqui no Brasil. Mas me surpreendi que somos os bobocas que não valorizamos suas lutas ao lado do marido Carlos Prestes. Na Alemanha, terra natal de Olga, ela é lembrada e homenagiada umas trezentas vezes mais que aqui, sendo dado seu nome a ruas, escolas, bairros e etc. É engraçado como no início do livro me perguntava como é que uma adolescente como ela, em seu estilo de vida folgado e confortável, foi se meter com comunistas meio radicais até se tornar uma foragida da justiça, acusada de traição. Sério, que não entendi. Que bom que ela não era como eu! Quem bom que ela tomou sobre sí a responsabilidade de proporcionar a todos uma vida dígna e justa, sem opressão ou desiguadade. Mas ainda sim, é de se adimirar esta conciência aflorar tão cedo.
Neste livro, conhecemos um pouco mais sobre Olga e mesmo em poucos diálogos, somos brindados com pérolas da vida dela e passamos a entender porque uma burguezinha em pouco tempo falava quatros línguas, pilotava aviões, atirava como ninguém, e tinha no sangue sede de justiça e igualdade para todos. Conhecemos também um pedaçinho da nossa própria história.
Me envergonho neste momento por ser da nação que a entregou de bandeja, grávida de 7 meses e sem acusação nenhuma, já que o famoso assalto a prisão de Moabit (ocasião em que ela invadiu e resgatou seu então namorado Otto prestes a ser condenado por alta traição ao governo) já tinha prescrito, para o regime nazista, que já era conhecido em todo mundo pela crueldade com que tratavam judeus e presos.
Mas enfim, amei o livro e vou sim, me atrever a ler mais biografias. Só não dá a do Justin Bieber, né? Ainda não tô tãaaaaa curada deste bloquei assim.
Bjus
Vevé